20/11/2019

Julgamento de dupla acusada de tentar matar vendedora é cancelado pela Justiça

Foi cancelada pela Justiça o julgamento de Edson Santos da Silva e seu cumplice André Martins Barbosa depois de acatar os pedidos de defesa.

O julgamento estava programado para quinta-feira (21), eles são acusados de tentarem assassinar uma vendedora em 24 de dezembro de 2012.

Ambos tinha sido julgados no dia 28 de setembro de 2016, por essa tentativa de homicídio, porém quase 14 horas depois, os jurados acolheram as teses apresentadas pelas defesas dos acusados e os absolveram de todas as acusações.

O Ministério Público (MP) apelou da decisão e por votação unânime, os desembargadores da 6ª Câmara de Direito Criminal do TJ acolheram o recurso e determinaram a realização de um novo julgamento.

No entanto, os advogados de defesa foram até o Superior Tribunal de Justiça com dois pedidos de habeas corpus solicitando a anulação da decisão do Tribunal de Justiça de São Paulo, que anulou a absolvição dos acusados e determinou novo júri popular.

O MP consentiu com os pedidos dos réus e o juiz, Luís Augusto da Silva Campoy, da 1ª Vara Criminal anulou o julgamento e determinou a suspensão do processo até o julgamento dos habeas corpus.

“Diante da concordância das partes (fls. 1465/1468 e 1470) e considerando que a tese central dos Habeas Corpus impetrados pelas defesas buscam a anulação do acórdão que determinou a realização de novo Júri, sendo certo que eventual concessão da ordem importaria na ocorrência de julgamento inócuo pelo Tribunal do Júri, defiro o pedido defensivo e, por consequência, determino o cancelamento da sessão plenária designada para o próximo dia 21 e a suspensão do presente feito até o julgamento definitivo dos Habeas Corpus nºs 535.599 e 538.728”, diz a decisão.

Compreenda

Segundo a denúncia do Ministério Público (MP), no dia dos fatos, entorno de 18h30, a ex-mulher de Edison conduzia uma moto pela rua Francisco Botão, no Jardim São Francisco, na zona Oeste.

Quando em determinado momento, um veículo, de modelo Parati, que estava sendo conduzido por André bateu violentamente em sua traseira. Logo depois, ele fugiu do local. A vítima juntamente com um amigo, que estava na garupa sofreram diversos ferimentos.

Alguns dias após o acidente, a vendedora procurou a Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e contou que o acidente sido proposital e que o ex-marido constantemente realizava diversas ameaças de morte através de mensagens.

Edison afirmou que seu relacionamento com a vítima durou aproximadamente dois anos, porém não conhecia André e não teria dado a ordem para matá-la.

André alegou para a polícia que o acidente foi acidental e que fugiu do local por não possuir habilitação.

Os dois foram indiciados pelos crimes de tentativa de homicídio duplamente qualificada e coação no curso do processo.

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